quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A boca

















onde o fogo
de um verão
muito antigo

cintila,

a boca espera

que pode uma boca
esperar
senão outra boca?

espera o ardor
do vento
para ser ave,

e cantar.

Eugenio de Andrade